1 de dez. de 2008

Atelier de Valda atende clientes há 35 anos em Brotas


Ela aprendeu o ofício de costureira aos 17 anos. "Foi precisão da vida mesmo", diz Valda de Jesus Vieira, residente em Campinas de Brotas, onde também mantém um atelier de costura para atender dezenas de clientes da cidade. Em Brotas, constituiu família e criou três filhos.

Ao longo dos últimos 45 anos, Valda acompanhou as transformações do bairro. "Quando cheguei aqui era tudo mato. O ônibus ia até as proximidades da Cruz da Redenção", recorda. Anos depois, chegou o asfalto e água encanada. As ruas próximas à Alameda Tupy, onde reside desde que chegou de Serrinha aos sete anos de idade, foram abertas por "seu Almiro", que era dono de muitos terrenos e construiu casas em Campinas de Brotas.

O atelier começa a funcionar todos os dias às 8 horas da manhã. Valda tem uma equipe de três costureiras e supervisiona pessoalmente o trabalho delas. Afinal, suas clientes são muito exigentes. Lita, por exemplo, que mora na Pituba e faz roupas há 20 anos no atelier,"é muito exigente e sabe o que quer. Faço roupas para ela, para as filhas e netas", comemora.

O preço das roupas femininas depende dos detalhes e confecção de cada peça. Já a confecção de calças masculinas custa, em média, R$ 25,00 (vinte e cinco reais). Ela também faz jalecos para profissionais e estunates da área de saúde, uniformes para empresas e roupas para eventos especiais (casamentos, formaturas, etc).

Valda gosta de morar em Brotas e não pretende deixar o bairro, apesar da insistência dos filhos. Eles se preocupam com sua segurança. Aliás, essa é uma reivindicação da costureira: que o bairro volte a ser tranquilo e sem violência. Para ela, um lugar como Brotas, em que se pode viver bem e perto de tudo, não pode mais sofrer com assaltos e insegurança.